segunda-feira, 30 de abril de 2007

pausa



Sem você, a emoção de hoje seria pele morta da emoção do passado.

sábado, 28 de abril de 2007

em crise

Crise 1: Tenho uma festa social para ir. E eu pergunto: Por acaso, vocês já se depararam com uma roupa social para usar no inverno? Não? Pois é. E hoje tá frio pra cacete. (Tá, tá, nem está tão frio assim, mas sabe...). Essa é a prova real de que mulher sofre. Sofre em dobro, pra falar a verdade. Vestir um casaco? O que? No mínimo um encharpe, e olhe lá! Beleza primeiro, depois conforto. Mas nada que alguns drinques a mais não resolvam, ?
Ah, como eu sofro!

Crise 2: Ele vai estar na festa. É, ele mesmo. B. E eu vou esnobá-lo até dizer chega, eu juro! Ju-ro!

Crise 3: porque eu havia decidido pintar os cabelos de louro-platinado, descubro, lendo a revista Elle, que louro-platinado saiu de moda. Tipo, alguém merece? A minha sorte é que eu não fiz nenhum estrago. Já imaginaram eu sair por aí com essa cor e todo mundo ver? No way!

Crise 4: Definitivamente eu não consigo mais escrever sobre coisas bonitinhas. E me desculpem se isso não vos agrada. Não estou aqui para agradar ninguém! E como diz a minha querida Mila (http://www.onelastcigarette.blogspot.com/) "E viva essa minha vidinha fútil!".

Crise 5: Estou cansada desses layouts feios do blogspot. Preciso de um novo, personalizado. Alguém se habilita? Se, por acaso, alguém estiver interessado, deixe um comentário. Aí, a gente discute cores, preço e tal.

Sem mais.
E me desejem uma boa festa, please.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

more about

01. Que horas são?
18:45
02. Nome?
Pseudônimo: Garota Complexada
03. Data de aniversario?
05/05
04. Signo zodíaco/chinês?
Touro. Chinês, eu não sei e nem quero saber.
05. Idade?
Depende do ponto de vista.
06. Tatuagem?
Ainda não cheguei ao ponto de me mutilar desse jeito. Mas quem sabe, um dia.
07. Tem estado em outro continente?
Não agora, mas já viajei para a Europa.
08. Ama tanto alguém que seria capaz de chorar?
Eu costumo chorar somente por raiva, não por amor.
09. wtf?
what the fuck?
10. Você teve alguma fratura?
Nenhuma.
11. Pepsi ou Coca-Cola?
Não tomo essas porcarias. Além de engordar, dão celulite.
12. Tipos de bebidas?
Água, suco, drinques.
13. A metade de vidro cheia ou metade vazia?
Vazia. E, sim, eu sou pessimista.
14. Cor de roupa intima favorita?
Branca.
15. Número do calçado?
36, número de mulher.
16. Número favorito?
7
17. Tipo de música?
Rock and Roll, MPB, Música Clássica.
18. Flor(es)?
Jasmim.
19. Assunto de conversa mais detestável?
Geografia.
20. Cor(es) favorita(s)?
Rosa antigo, preto e branco.
21. História infantil favorita?
A Bela Adormecida.
22. Como te vê no futuro?
Uma profissional bem sucedida. Boa vida.
23. De quem você recebeu esse teste?
Achei por aí. É quase igual ao da Jana (www.etretantas-eu.blogspot.com)
24. Tem noiva(o)?
Ainda não.
25. Amigos especiais?
Sim.
26. Tem computador?
Com certeza.
27. Bandas preferidas?
Ultimamente: Caetano Veloso, Chico Buarque e Léo Ferré.
28. Qual a primeira coisa que você pensa quando acorda?
Eu tento lembrar do meu nome.
29. Você gosta de tempestades?
Não, isso é triste!
30. Se pudesse ser outra pessoa, quem seria?
Eu mesma, com 63 cm de cintura (tenho 65).
31. O quem tem debaixo da sua cama?
o piso.
32. Esporte preferido?
Correr na esteira.
33. Tímido ou extrovertido:
Medidas certas em dados tipos de ocasiões.
34. Seu nickname? GC.
35. Frase que diz muito:
"what?"
36. Gostaria de ganhar um buquê de flores no seu aniversário:
Adoraria!
37. Doce ou salgado?
Doce.
38. Acredita que um amor pode durar eternamente?
Não, eu não acredito.
39. Você gosta de conduzir?
Simplesmente adoro!
41. Último lugar que voce gritou?
Na festa de sábado à noite.
41. O que faz quando esta aborrecido(a)?
Compras.
42. Amigo que vive mais longe?
Em Londres.
43. Hora de ir pra cama:
23 horas. Seis, no fim de semana.
44. Evento preferido:
Festa nos apês dos amigos ou em boates descoladas.
45. Três desejos:
Estabilidade, controle e cabelos louros (estou quase lá).
46. Infiel num namoro?
E quem não é?
47. Qual foi o teu pior erro?
Ter deixado momentos passarem em branco.
48. O que é amizade pra você?
Ser transparente.
49. É viciado em algo?
Beleza.
50. Qual foi o melhor e o pior dia de sua vida?
Não me vem nenhum à cabeça.
51. Você se considera ciumento(a)?
Sim, principalmente com as minhas coisas. (e com os namorados, claro)
52. Qual personagem de desenho (anime) que voce mais gosta?
Não gosto.
53. Que horas sao?
19:08

terça-feira, 24 de abril de 2007

amor é para os idiotas

O amor. Ah, o amor! A sensação que nos torna idiotas e submissos às nossas vontades. O amor é para os tolos, aqueles que buscam algo além da abstração. Algo que nunca encontrarão a forma, o gosto ou o toque. Sempre achei que amor fosse um eufemismo que encobre mentiras, traições e sexo, e é exatamente isso que ele caracteriza e demonstra. Mas os seres humanos amam. Ou pelo menos, dizem que amam, uma vez que nos é praticamente imposta a obrigação de amar. Mas por que amar? Já faz tempo que sentimentos nobres como a gratidão estão escassos da dura realidade do mundo, considerando que "amor" e "gratidão" são palavras extremamente compatíveis, afinal o tal sentimento deve ser dotado de reciprocidade entre duas pessoas. Acho até que ele provém da mesma, sendo o elo de ligação mais forte. Eu admito, estou sendo fria e cética, mas isso não me impede de "amar" alguém. Só não hoje, nem ninguém. O amor é uma defesa inventada para suprir carências e o vazio de cada um porque, de certa forma, ele nos completa. Como, também, pode nos dilacerar. O amor é uma forma de atrair platéias inteiras apenas para as nossas capacidades, até fugirmos disso tudo e nos entregarmos ao cansaço. Amar é render-se. É criar novos horizontes. E banhar-se de ilusão.

(por isso que eu prefiro me banhar de presentes para mim mesma)

domingo, 22 de abril de 2007

morte aqui dentro


Aconteceu de novo. Eu me iludi. Acabei me sujando muito de você. Durante mais de um mês eu fiquei somente te observando, olhando e sorrindo pra você. Mas de uns dias para cá, a ficha caiu, eu caí na real, cheguei à conclusão de que os meus esforços foram completamente inúteis. E isso dói. Primeiro foi o sonho, e eu achei que havia te conquistado. Depois veio a queda de muito alto, o choro que insiste em não sair e todos os sentimentos reprimidos dentro de mim. E a dor... A dificuldade para acordar, o cheiro estranho que, certamente, não era o do meu quarto e a tomada de consciência de que durante a noite inteira eu tentei buscar respostas para aliviar o meu machucado, sonhei com você mais uma vez e não descobri o motivo por que você passou por mim e olhou a minha bunda ao invés de me olhar; e por que você fingiu que eu não existia e só foi falar comigo para pedir "desculpa, desculpa, desculpa" e encostar nos meus ombros depois de quase ter caído em cima de mim. Eu abusei demais, olhei diversas vezes pros seus olhos vazios - porque ontem eles estavam realmente vazios. Não me arrependo de nada, pelo menos eu tentei e sei que não deu certo. Estou suja de você e quero purificar meus instintos e acabar com a sua existência dentro de mim. Você não foi a minha paixão, apesar de tudo o que eu escrevo. Nós sequer nos beijamos. Você foi um mero objeto para eu me testar, para ver se eu conseguia sua atenção. Mas esse jogo acabou de vez. Porque eu cansei do teu sorriso enigmático e de tudo o que "nós" vivemos. Agora, você não vai mais sorrir.

chega de você

Chega! Eu não agüento mais, isso não é possível. A partir de hoje você morreu pra mim.
Some, vai embora. Não quero mais saber. Não quero! Não quero! Não quero!

sábado, 21 de abril de 2007

sutileza

Sutil - era isso. Um adjetivo para uma sensação. Apenas "sutil". Duas faces se estudando lentamente, com cuidado, sob filetes tênues de luz, mãos testanto os fios ansiosamente, visões entelaçando-se aos poucos, lábios roçando calmamente a textura da boca, e esta, abrindo-se para o despertar de línguas abstinentes de lucidez. Sutileza. Talvez, beijar fosse mais do que "sutil". Beijar era um teste, uma reação, o rascunho de um romance incompleto. Beijar era um ato sublime atraindo segundas intenções. Nunca saía de moda. Era lindo. Beijar era mais do que um contato físico, era, sobretudo, emocional. Não envolvia e tampouco marcava como o sexo, de jeito nenhum. Mas falava, um beijo podia falar - pelo paladar, pelas entrelinhas, pela sensação. Sensação. Beijar era simples. Beijos proibidos de adolescentes eram ainda melhores. Mas beijar um desconhecido, um estranho, era totalmente... real. Faltavam palavras para definí-lo, os corpos mal se tocavam, a saliva deslisava por entre as duas bocas novamente virgens .O gosto era de angústia fundida com ânsia. Talvez, nem precisasse ser explicado, bastava ser sentido. Bastava beijar um desconhecido, amar um desconhecido até que o beijo terminasse. Era mais fácil. Não existira a dor e tudo acabaria com um sorriso.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

...

Eu tento atenuar a dor e fingir que ela não existe. Fingir que ele não existe. Fingir a minha própria existência diante dessas verdades. O que mais me dói quando penso nele é ficar sem saber para onde olhar, e olhar pro seu rosto.

terça-feira, 17 de abril de 2007

tododia, tododia, tododia

Bip Bip Bip! Pensamentos, lençóis, olheiras engolindo os olhos. Cansaço. Banheiro, box, água quente. Sensações. Roupão, toalha, creme corporal. Cansaço. Secador de cabelos, escova, creme para pentear, reparador de pontas. Impecável. Uniforme, Adidas brancos. Atraso. Xícara, café, cereais matinais. Enjôo. Banheiro, escova de dentes, creme dental. Limpeza. Perfume Allure, desodorante, gloss, delineador, rímel, pó compacto. Sorriso de porcelana. Relógio, brincos Perrin, bracelete de prata. Rua, lares, carro, placas, paisagens. Enfado. Escola, olhares impassíveis, segredos. Escadas, salas, pessoas, sorrisos. Falsidade. Períodos, professores, amigos. Sono. Cabelos castanhos, nuca, olhos enigmáticos. Suspiros. Beleza. Sinais, matérias, testes, horários. Tédio. Trrrrrrrim! Fofocas, flertes, abraços. Controle. Capuccino, ar condicionado, bancos. De volta. Rostos, alinhamento, três segundos. Segundas intenções. Mochilas, pernas, rapidez. Ânsia. Iogurte desnatado, água sem gás, goma de mascar. Gorda. Cigarros mentolados, risos, revistas. Normalidade. Laetita, Vicky, Betina. Corredor, fuga, receio. Ponto. IPod, Ana Carolina, cabeça longe. Lembranças. Ellus, blusas, cartão. Agradecimento. Despedida, casa, computador. Rotina.

sábado, 14 de abril de 2007

realidade

A minha vontade era de caminhar com os olhos fechados por essas ruas avessas e deixar que o clamor da manhã me envolvesse em seus braços invisíveis, depois dessa madrugada desvairada. Queria me desprender da carapaça de ironia envolta no meu corpo sôfrego e permitir que os raios de sol penetrassem nas minhas faces macilentas e fizessem meus lábios sorrirem outra vez. Os meus enormes olhos castanhos e doces abririam-se, cheios de inocência, para essa vista bem delineada que eu não soube contemplar. Minhas pernas estariam leves, e a sensação de sobrevoar as ruas em apenas um segundo talvez me trouxessem de volta o brilho exagerado do meu rosto pálido, de criança.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

tododia

Mais um dia difícil. Esses cinco minutos que faltam para o período de história cessar, não terminam nunca. Estou enfadada dentro desse uniforme cinza. Lá fora, vejo as pessoas que se mostram ocultas embaixo de seus olhares impassíveis. Está frio e eu não ouço mais nada; nem mesmo a voz da professora que até a poucos instantes me entorpecia pouco a pouco e expulsava todos os pensamentos impróprios que jaziam na minha consciência. Eu quero ir para casa e fazer qualquer coisa, menos ficar aqui olhando pra nuca dele e me perguntando os motivos por que eu estou apaixonada, merda. Tem um fio de cabelo no casaco dele. Será que é de mulher? Espero que não. De qualquer forma, o sinal bate e eu volto para a minha órbita. Apanho a minha mochila Puma rosa bebê e saio em disparada na direção do corredor porque eu preciso enfiar os meus livros dentro do armário e sair logo daqui. Sinto alguém puxar o meu braço: é Vicky, sem dúvida. Contra a minha vontade, vamos eu, Vicky, Laetita e Betina ao Le Petit Cafe para, certamente, falar mal da vida alheia, como de costume. Pedimos os nossos capuccinos com canela e adoçante e começamos a comentar sobre os nossos amores mal sucedidos e as vinganças que pretendemos planejar contra as garotas que querem roubar os nossos devidos pretendentes. Ah, como esses encontros são maçantes! Eu não lucro nada, ninguém lucra. Mas esse, de qualquer modo, não é o objetivo, visto que a única coisa que queremos demonstrar é que somos desocupadas e não temos nada para fazer o dia inteiro além de falar mal das nossas amigas e fazer compras no shopping. E o pior é que isso cansa, cansa mesmo. Eu tenho dez festas para ir até o final do mês, e a mínima vontade de marcar presença nas mesmas. E não é porque não tenho o que vestir ou porque estou gorda demais. É simplesmente pelo fato de eu não querer olhar pra cara dele sem poder beijá-lo, só isso. Quando me dou conta, estou quase roendo as minhas unhas, mas sou interrompida por Vicky que tira o meu dedo da boca (ainda bem). Betina está em dúvida sobre a cor do vestido que ela vai usar na festa de Vicky. Vicky não sabe se namora C ou G. Laetita quase chora porque diz que está com a bunda grande demais. E eu só penso em B. E em como B é lindo. E, principalmente, o fato dele não ser meu.
O dia não me rendeu nada. Saímos, as quatro, com um capuccino na mão e fomos desfrutar na neblina que nos esperava, lá fora.

terça-feira, 10 de abril de 2007

enquanto isso, na minha imaginação...

Eu senti falta daquele rosto de adolescente cheio de vida. Aquela vaga sensação me atormentou durante todo o tempo em que eu, tecnicamente, teria tirado férias de mim mesma. Eu precisava de um tempo longe daquela jogatina insípida, e realmente, o tempo me fez bem, apesar da falta que eu sentia do garoto dos meus sonhos. Mas eu não reclamo. Pelo menos, agora, tudo parece estar no seu devido lugar, inclusive as minhas idéias. Durante dias eu troquei o brilho dos olhos dele pelas estrelas do céu, e a vivacidade do seu sorriso indecifrável pelos raios de sol da melhor praia do país. Mas eu, enfim, voltei. Ele me pareceu mais homem, mais carente. Seus lábios sorriram pra mim, e eu retribui o sorriso com uma certa indiferença, só pra me testar. Eu não esqueci ele. Só queria me mostrar mais mulher e fazer com que ele se apaixonasse por mim e pelo brilho dos meus brincos de cristal. Achei que pudesse dar errado, mas estava funcionando. Eu sentia o olhar dele me fuzilando, me sentia nua de uma forma ou de outra, visto que era exatamente desse jeito que ele estava me desejando: nua, só dele. E ele não precisava exprimir todo aquele desejo. Estava tudo subentendido na maneira como ele falava comigo, sempre criando situações, do jeito que ele gosta. Ele me queria. Ele me desejava. E eu? Será que toda a atração que eu sentia havia se dissipado com as estrelas e os raios de sol? Será que o que eu sentia era real? Eu não sabia, e nem queria saber. Mas eu confesso que estava gostando daquilo. Ver ele sendo submisso a mim me tornava cada vez mais forte. E força eraa palavra chave. Afinal, amores vão e vem, mas as experiências sempre gritam amis alto. No mês seguinte, quem sabe, a gente possa estar rolando na cama. Mas só se eu quiser.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

buraco

Ontem eu estava com um gosto de merda. Estava tudo apodrecendo dentro de mim. Hoje, não está sendo muito diferente. Minha garganta dói, minhas têmporas estão fugindo de órbita, meu corpo está moído. Preciso desesperadamente de roupas novas. Eu não estou bem. Definitivamente. Obrigações como ir para escola, academia, curso de inglês, francês, teatro, artes plásticas e yoga seriam melhores se não fizessem diferença para o meu humor. De certa forma, não faz tanta diferença assim. Os antidepressivos anulam sensações, estou cheia deles. Eu não como nada, não tenho fome. Tomo remédios para dormir e não consigo raciocinar no dia seguinte. Faz muito tempo que eu não respiro. Estou mergulhada na fagulha estonteante desses dias ruins. Não vejo muito sentido em levantar da minha cama e sair do meu quarto e da minha biblioteca, a não ser quando vou fazer compras, elas são meu distintivo. São as compras que preenchem o meu vazio e alieniam a minha depressão por algumas horas, mesmo que após esse tempo eu volte a me esconder atrás da minha superficialidade. E o pior é que eu continuo lúcida, tentando encontrar a felicidade, apesar de tanta droga. Meu organismo está corrompido por essas substâncias, mas meus olhos estão por demais vazios. Meus pensamentos são eminentes, de forma que estou em busca desvairada de um motivo. E esse motivo não está nas grifes que encobrem os meus machucados. Eu não sei onde ele está. Talvez se esconda atrás da lua. Ou dentro do meu próprio coração.

domingo, 8 de abril de 2007

cansada de imaginar

Foi por um minúsculo filete de luz que eu descobri o rosto que adentrava aquela boate escura. Era B. B tem olhos seráficos e o sorriso indecifrável que esconde suas más intenções. Ele tem a capacidade de me desestabilizar emocionalmente e de me fazer cair em suas tentações perversas. B é o garoto dos meus sonhos; ou aquele-que-balança-meu-coração. De qualquer forma, quando ele chegou eu já estava na minha décima segunda dose de vodca. Não queria me embebedar. Só estava tentando encontrar um motivo para estar ali, no meio dessa gente toda, quando poderia, muito bem, estar na minha cama de casal King Size ouvindo Pavarotti ou mesmo, Caetano Veloso. Mas eu estava ali, e era esse o problema. Não precisava haver um motivo específico. Mas eu queria um naquele momento. As pessoas dançavam Elvis Presley freneticamente, esbarrando umas nas outras. Enquanto eu ficava oculta a todos aqueles corpos, desejando B a toda hora. Querendo que ele viesse na minha direção, me empurrasse contra a parede e me beijasse até o nunca. Eu queria me sentir como Greta Garbo no Night Club. Eu queria ser a namoradinha de B. Já tinha perdido a noção do tempo, era fato. E entre um drinque e outro eu ia perdendo as ilusões que brilhavam nos meus olhos. Pessoas trepavam por todos os lados. Tinha cheiro de sexo no banheiro. Eu não fazia a mínima idéia de onde poderia ter deixado a minha bolsa. Mas isso não faria diferença nenhuma, visto que devo ter cerca de quinze. B deveria estar fumando um cigarro atrás do outro, enquanto todas as solteiras da festa davam em cima dele. Não era pra menos. B é lindo de tirar o fôlego, e ele tinha coisas deveras interessantes pra fazer ao invés de pensar em garotas complexadas que perdem a bolsa em boates entupidas de filinhos de papai feito ele. E eu tinha que conformar com isso, de qualquer jeito. Dava pra notar os raios de sol miúdos da manhã por uma fresta da janela do banheiro. Como eu já tinha ficado a noite inteira lá, não me custava dançar um pouco e tentar curar a minha ressaca interior. Poderia sair beijando qualquer playboyzinho, não iria mudar nada. B não ficaria com ciúmes, e eu não treparia com ninguém. Confesso que estava linda e lúcida. E esse é o detalhe que coloca tudo a perder. Naquela hora meu penteado já estava totalmente bagunçado. Meu rímel deveria estar borrado. E o efeito Cinderela não existia mais. Mas não importava, pois quando me dei conta, estava presa aos lábios de B, e aquilo era tudo e nada ao mesmo tempo.

sábado, 7 de abril de 2007

gc está fora de órbita

Eu não tinha certeza. Foi quando abri a porta e deixei que as nossas visões se alinhassem, como eu costumava fazer antigamente. Ele cheirava a perfume. Estava parecendo um filinho de papai inglês, e eu adorei aquilo. "Oi, minha linda." "Oi, pode sentar. Sinta-se à vontade. Quer um drink? Já estou terminando de me arrumar, me espera aqui". Entre uma mecha de cabelo e outra que eu penteava com elegância, meu coração palpitava. Na verdade, eu já estava pronta há séculos, mas nunca é interessante mostrar-se ansiosa diante do seu alvo. Principalmente no estado em que eu me encontrava. Afinal, nós íamos sair. E eu era a "linda" dele. Aquilo era demais. Demais. Eu só esperava que não começasse a chover e que o meu cabelo desabasse. Ou que o meu ex estivesse no mesmo restaurante que a gente. Ou que (Deus, me livre) o meu salto quebrasse. Ou que ele quisesse tirar a minha roupa muito cedo. Mas isso não era problema. A minha lingerie era nova e linda, e o corpo dele não era nada mau. Sem falar no Porsche preto que ele dirigia e as festas minadas de gente linda e mimada que ele freqüentava. Não importa se ele estivesse sentado no meu sofá de couro branco se perguntado o porquê da minha demora exasperadora. Ou que fosse só uma noite. De qualquer forma, o meu ex iria me ligar na manhã seguinte, enquanto eu estaria deitada no peito dele. E eu desligaria o celular, é claro. E não importa se ele me mandasse embora no dia seguinte. E nem que mulheres sofisticadas não perdem a virgindade em apartamentos fabulosos de filhos de papai. O importante era que fosse com ele. Só com ele.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

gc não entende mais nada

Porque é cedo demais para ir embora. E cada tentativa de aproximação é meramente tempo perdido. Mas a essa altura eu já perdi a noção de tempo, e a única coisa que eu quero é ele. Não importa como. Eu apenas quero.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

como se fosse verdade...

É ver você estirado na cama do hotel, sem camisa e com a barba por fazer. E eu ao seu lado, dentro de um vestido preto, com um penteado de patricinha se desfazendo e todos os meus anseios dentro dessa dose de Dry Martini. O som ambiente ligado, tocando um roque em rou clássico, nada a ver com a decoração em rosa antigo das paredes do quarto. Mas você está do meu lado, dormindo embaixo dessas pálpebras imaculadas, com uma cara de criança nada maliciosa se estivesse vestindo sua camisa branca. Nós ficamos abraçados assistindo Bonequinha de Luxo, e eu me sentindo a própria Holly Golightly emaranhada nos teus braços definidos, até que você dormiu e eu te afastei de mim, para observar cada gesto seu e ficar sozinha com os meus pensamentos e o meu drink. O calor dos teus braços contrastava com a minha pele fria e me afagava com um toque de proteção. Você e eu, sozinhos, dispostos a fazer qualquer coisa desde que eu quisesse. Mas moças sofisticadas como a Audrey não fazem essas coisas em camas de hotel. E foi por isso que eu pendurei a minha Victor Hugo no braço e fui embora com a sua imagem reluzindo nas minhas retinas.

PS1. alguém faz template personalizado?
PS2. quem vem a ser Fabiana e Fernanda que comentaram aqui sem login?