sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Verbalizando a dor e a indiferença

Sabe aquela frase que diz "nada como um dia após o outro"? Parece só mais um clichê surrado, mas hoje ela parece se encaixar perfeitamente com a minha consciência. Eu sei que o pior já passou, mas essas lembranças ainda doem um pouco. Ultimamente eu ando tão dolorida que já criei anticorpos contra todas essas agressões verbais, porque é claro que vocês os que menos se importam. Não me peçam para chorar, porque chorar alivia e eu não quero aliviar nada. E não é masoquismo, é só saudade. Aprendi a lidar com isso; com o tempo tudo se esvai. Essa loucura desenfreada que dissipa a minha sã consciência e transforma o que eu penso em realidade. Mas não pensem que é fácil falar; encontrar as palavras adequadas tem sido mais difícil do que entender o que ele fez comigo. Ao contrário do que vocês pensam eu não estou triste. A única preocupação que tenho é fazer ele voltar pra mim, enquanto vocês ficam aí se lamentando por besteiras, feito eu. O diferencial é que eu manipulo, fantasio e verbalizo. É fácil desmentir. É fácil descolar um sorriso branco feito louça de banheiro e ligar o piloto automático. É fácil trazer ele de volta. É fácil ser eu. Nada como um dia após o outro.

5 comentários:

Anônimo disse...

Queria que fosse fácil ser eu tb!

ótimo findi

beijos

Jana disse...

E com o tempo, a gente aprende mais, garanto!

beijos

yéssica klein mori disse...

poxa vida, seus textos são tão bons que vou ter que linkar seu blog

[só avisando, mera formalidade, ok?]

yéssica klein mori disse...

os extremos são mais definíveis... meios-termos confundem.

Carla disse...

Então, bora fazer ele voltar... dessa vez, pra ficar...
Bjus...