Sábado à noite, à meia-luz

Aí eu mordi o meu lábio inferior, bezuntado de brilho labial Dior, como eu sempre faço quando estou nervosa. É difícil resistir ao seu charme, sobretudo quando você estava irradiando beleza pelos cantos do Pub. Sobre aquela meia luz, eu ria com as minhas amigas e te observava de longe, sem que você notasse. Afinal, eu sou eficiente demais com essas facetas. Os cantos do seu olho se iluminavam toda vez que você sorria, sem eu sequer saber qual era o motivo. Só não entendi por que você deixou as mãos enfiadas dentro do seu jeans que eu não pude ver a marca. Parecia que estava se escondendo, cheio de mistérios. Eu gostei daquilo, você ficou mais charmoso ainda. E aposto como todas as patricinhas que estavam lá bebendo drinques, notaram a sua dissimulação. Você parecia até estrela de cinema, daquelas que usam boné e enormes óculos escuros no meio da rua. A verdade, é que estava meio oculto a todo mundo. Melhor assim, pelo menos não dava chance pra ninguém te dar mole. Nem eu. Mesmo que eu quisesse, eu não faria, não sou disso. Eu só quero te observar, pelo menos por um tempo. Porque de longe você não me parece igual a todos os outros. Entretanto, eu ainda não cheguei perto. Ainda.