
A cabeça gira, o corpo dói, os cílios sofrem. É um completo eflúvio insano! A dor penetra mais e mais fundo pela alma, pelas entranhas. Uma chave presa na garganta impede a fala, os gritos, e não resta nem mais o choro, a solidão ou medo. E sentir pena e ao mesmo tempo raiva de si mesmo e da própria carne, por errar sutilmente, por ceder à raiva, por não ser a perfeição em pessoa. E de repente não entender mais nada. Não provar nada a ninguém, seguir sem direção. Ainda assim, conseguir permanecer estável, sem expressão, desejando somente preencher linhas, estar mais perto, dormir. Como se o mundo estivesse perdendo sua essência em meios às lembranças, e a ausência fosse penosa. Sem chorar, sem querer. Não poder, não desejar acabar com as emoções febris do passado. Temer a cada recaída, a cada desculpa, a cada dia. E esperar... Junto com o pó intemporal, a dor corroendo as células do cérebro, e a certeza de que dói, e que quanto mais profundo é o machucado, mais demora pra sarar. Beijos obsoletos, ansiedades contínuas, arrependimentos. Sem tempo de perder.
Proteja-me daquilo que eu quero.
Proteja-me daquilo que eu quero.
6 comentários:
desejar é sofrer...
ah esqueci... amo-te...
a minha proteção anda meio sôfrega e eu, por conseguinte, um tanto quanto descrente.
isso é o pior. o mais difícil. mas assim, às vezes é bom parar de não se permitir. se desejas, faça e faça bem feito! ;) Bj
Elisa
Relatododia
Saudades de ti, moça...
Tem um agradecimento pra você em meu blog, tá?
Beijinhos.
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