quinta-feira, 3 de maio de 2007

yes, there were times, I'm sure you know...
(porque eu ainda olho pra você)
... biip, biip, biip! Minha mão emerge dos lençóis e eu dou um tapa no celular, sem abrir os olhos, porque eu estou dormindo, merda. Sete horas. Tomo um banho mais rápido do que eu levo para dizer esta linha, me enfio dentro de um jeans Calvin Klein, um moletom Puma vermelho e calço os meus Nikes que eu deixei atirados na sala, visto que aqui ninguém arruma nada, além da empregada. Prendo meu cabelo num rabo-de-cavalo mal feito porque eu estou atrasada e não pretendo fazer uma escova agora. Paro diante do espelho e noto como as minhas olheiras estão enormes. Foda-se, não tenho tempo de fazer uma maquiagem e minha mãe já está me esperando dentro do carro. Minhas têmporas estão sendo apertadas por tenazes, estou morrendo de sono, tenho um teste de biologia nos dois últimos tempos. Eu mereço? E como se não bastasse, minha mãe começa a me encher de perguntas sem nexo e me dizer que eu deveria ser mais organizada e, pelo menos, fingir estar de bom humor. Mas eu nem ligo, visto que estou ocupada demais mechendo na minha pulseirinha de cristais. Dois tempos de matemática e eu não tenho a menor vontade de ouvir explicações sobre método científico. Não agüento mais olhar pra essas nucas na minha frente. Um tempo de história. Egito? É, pois é. Recreio. Fofocas. Todo mundo comentando sobre a minha festa! Dois tempos de biologia. Prova. Cansaço. Nunca me senti tão cansada. Não sei por que, mas tem algo errado comigo e isso me deixa PUTA! Ficar triste sem saber o motivo. Acaba a aula e o meu celular toca. Prontamente, eu lembro que marquei de almoçar com a minha mãe. Por que eu? Por que hoje? Entro no restaurante e ela já fez o pedido. Não toco no meu prato, como sempre. Somente a idéia de comer algo sólido me dá ânsia de vômito. Mas de qualquer forma eu como uma salada de aspargos com não sei o que, só para ela não me encher o saco e dizer que eu estou com anorexia. Três tempos de aula durante a tarde. Estou mais enfadada do que nunca. Volto pra casa de táxi e subo aquelas escadas intermináveis. Vou para os meus aposentos e durmo. Durmo até o anoitecer. Acordo morrendo de fome. Tomo só um suco light e vou fazer qualquer coisa. Me perco nos acordes de um pianista qualquer e desejo a felicidade.
Acho que eu estou com problemas...

8 comentários:

Anônimo disse...

eu concordo GC, vc está com problemas. aliás, acho que vc não está neste corpo. uma versão do teu site "querido diário" não combina com você e todo seu modo de pensar/sentir/ analisar! se cuida guria! bj

Elisa
Relato do dia

Haya disse...

Sei lá... eu já sou da opinião (foda-se minha opinião) de que vc tem que curtir o problema até chegar ao fundo do poço e ressurgir: linda, de jeans Calvin Klein, blusa da Puma e pulseira de cristais. Pisando na cabeça da galera mesmo. Sei que você é bem capaz de fazer isso. Somos beeeeeeeem parecidas. Acho que por isso gosto tanto de vc. Hohohoho! So chic, so hype! E viva a gente!
Beijocas, lindona!

She Python disse...

problemas nãoooooooooo... vc tem soluções... no caso está a procura só de problemas... fica bem mais divertido... vê se melhora... e vê se come algo antes da tua festa... kkkkkkk senão vai ser bate e volta com a bebida... kkkkkkk

Jana disse...

Sabe, sei la, eu sou daquela que felicidade ou tristeza tem que ser ate esgotar, sem pensar, não ta bem, esteja no direito de não estar inteiramente bem, uma hora passa, mas tem que esgotar!

Beijos

Naeno disse...

MAR MORTO

Na procela os ventos se quietam
E passam horários de ponteiros livres,
Rodopiam as horas porque o tempo embala
O mar bravio que se separa.
Deixando à tona superfície velhos lunáticos
Com talheres de ouro, candelabros de prata.
No mar das tormentas
Temperou-se o vento
E não quebram ondas
Por sobre os rochedos,.
E virão peixes à superfície,
Entregar-se aos pesqueiros
Como no milagre.
E serão partidos ao meio
E o resto será jogado
Pra que outros peixes comam,
Na confortável areia.
Rompeu-se o mar,
E o farol faz um rastro fino
Que agora é um caminho
Não marés, não mares, não águas.
As praias serão habitadas
Por pássaros silvestres amazônicos,
Ou babilônicos que aportarão aqui.
Calma demais caminhará a onda
Porque sabe, vem e não volta mais.
Aqui há sede, a sede dela,
Onde se perpetua um deserto calmo.

Anônimo disse...

Fica assim não, garotinha.
Fases, apenas fases...
Aproveita pra aprender sobre essa que está vivendo, assim as próximas vão se tornar menos confusas.

Fica assim não, viu?

Gosto de você.
Baijos carinhosos,

Lis. disse...

" To be or not to be this is the question"

caracol menina ~° disse...

oioioioi

Acho que é hora de pedir outro banho de realidade sem gelo por favor.