Paridos dos meus soluços inócuos
penetram n'alma estes desatinos,
e nas maçãs pálidas da face
amanhecem os sinos poluídos
de ilusão.
Esvaem-se pelos pêlos
essas alucinações,
onde emergem plácidas gotas
de vaidade degenerada
sob a ação do tempo.
A cortina despenca:
feita de cetim e renda
para enfeitar meus desatinos,
e encolhe a esperança nascida num dia de sol
à boca dos olhos resplandecentes.
A covarida escorre entre os dedos.
Corre o medo, correm os anéis.
É hora de se aconchegar
no azul-marinho do céu da boca.
terça-feira, 20 de fevereiro de 2007
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2 comentários:
Oi!
Estou boquiaberto com a qualidade desse poema! Mt bom mesmo!
E sobre o carnaval, estou vivendo esse mesmo tédio... e, como se não bastasse, ainda estou sem inspiração ehuehuehue
Bjos!
PS: Posso colocar o link do seu blog lá no eletro?
O título do blog, Complexo de Greta Garbo, me fez lembrar de uma música do Cachorro Grande...
:D
Beijos
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